sábado, abril 29, 2006

Bombeiros vivem “clima pacífico”

Depois da polémica da nomeação do comandante distrital de Operações de Socorro de Viseu, o próprio garantiu ontem que se vive “um clima pacífico” entre os bombeiros do distrito.

César Fonseca diz não ter receio quanto à época de incêndios, anteriormente ameaçada de boicote pelos comandantes das corporações. O comandante distrital de Operações de Socorro de Viseu, César Fonseca, garantiu ontem que se vive um “clima pacífico” nos bombeiros do distrito, apesar de a sua nomeação ter estado envolvida em polémica. Quando o nome de César Fonseca começou a ser falado para o cargo, 28 dos 33 comandantes de corporações de bombeiros do distrito promoveram dois abaixo-assinados pela manutenção de João Marques.

Numa reunião realizada a 2 de Março, ameaçaram mesmo mostrar “total indisponibilidade” para integrar qualquer escala de comandante de serviço durante a época de fogos florestais caso João Marques não fosse reconduzido. Em declarações ontem aos jornalistas, o novo comandante distrital, César Fonseca (antigo comandante dos Voluntários de Vila Nova de Paiva), disse não ter qualquer receio em relação à época de fogos florestais que se aproxima, porque “o clima está pacífico”. “Cada comandante terá de ser responsável pela actuação do seu corpo de bombeiros. Está definido em lei qual é o trabalho de cada corpo de bombeiros. Da minha parte não há qualquer tipo de receio, conto com todos”, afirmou.

Comandantes pretendem cumprir ameaça

Os comandantes das corporações de Penedono e de Salvação Pública de S. Pedro do Sul, António Nogueira e António Almeida, respectivamente, disseram à Agência Lusa que pretendem cumprir a ameaça de não integrar as escalas de comandante de serviço, mas admitem que alguns dos seus colegas venham a desistir.

“Eu continuo indisponível, mas certamente que alguns vão retroceder”, referiu António Nogueira, esclarecendo que a tomada de posição nunca foi contra a pessoa de César Fonseca, mas sim a favor da manutenção de João Marques. Ainda que admita que “o clima entre bombeiros e comandante distrital esteja pacífico”, António Nogueira argumentou que “quando se faz uma ameaça deve-se cumpri-la, para não cair no descrédito”.

“Se alguma vez me solicitarem ajuda voluntariamente não direi que não, porque em primeiro lugar estão as pessoas e os seus bens, mas enquanto comandante de serviço remunerado estou indisponível”, frisou. O mesmo garante o comandante António Almeida, que pretende manter a sua decisão. “Sou uma pessoa de palavra e por isso vou manter o que disse. E tenho falado com alguns colegas que também continuam com essa intenção. Não podemos andar a brincar e trocar a nossa palavra por uns míseros euros, porque se já temos pouca credibilidade, então ficamos sem nenhuma”, justificou.

No entanto, segundo António Almeida, só no dia 6 de Maio, quando for apresentado o dispositivo distrital para a próxima época de fogos florestais, “é que se verá quem integra ou não as escalas de serviço”.
Essa escala é feita na época de fogos florestais para garantir que, diariamente, existe um elemento do comando de serviço adstrito a cada uma das quatro zonas operacionais do distrito de Viseu. Os comandantes são remunerados para a integrar.

O Primeiro de Janeiro

quinta-feira, abril 27, 2006

Apresentação do dispositivo distrital de combate aos incêndios florestai.

No dia 6 de Maio, pelas 15 horas, António Costa vem a Viseu (Cava de Viriato- Recinto da Feira de São Mateus) para participar nas cerimónias de apresentação do dispositivo distrital.

No dia 7 de Maio, em Lisboa, António Costa vai apresentar a Directiva Operacional Nacional para o Combate aos Incêndios Florestais 2006, definindo o número de bombeiros, viaturas e meios aéreos disponíveis.

quarta-feira, abril 26, 2006

Protecção Civil sofre revolução antes do período de incêndios

O sector da Protecção Civil vai sofrer uma verdadeira revolução até ao Verão. Vários diplomas estão a um passo da aprovação, mas há mudanças de fundo que ficam reservadas para a nova lei orgânica do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, em preparação.

Este documento irá propor uma nova estrutura, respondendo às críticas dos parceiros, que consideram nunca ter havido efectiva fusão dos antigos serviços de Bombeiros e de Protecção Civil, mas uma mera "soma administrativa".

O projecto em preparação prevê um órgão uninominal, apoiado por três unidades orgânicas - operacional (correspondente ao actual Centro Nacional de Operações de Socorro), de bombeiros e de protecção civil. Além de ficar bem marcado o carácter específico da unidade operacional, cuja missão é dar resposta a todo o tipo de situações de emergência, são separadas as "águas" entre o sector dos bombeiros (contemplando aspectos como financiamento, protocolos, equipamento ou pareceres para a criação de corporações) e o da protecção civil (orientada estrategicamente para o planeamento e previsão).

Na estrutura, o modelo que está a ser trabalhado retoma o projecto tripartido apresentado, em 1999, pelo então secretário de Estado Armando Vara e nunca implantado. E responde às reivindicações da Liga dos Bombeiros Portugueses, que recentemente chegou a defender nova separação dos serviços de Bombeiros e Protecção Civil.

Quanto à designação, uma proposta consensual é que passe a Autoridade Nacional de Emergência (embora a resolução do Conselho de Ministros nº39/2006, publicada em "Diário da República" na sexta-feira e que traduz o Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado - PRACE, aponte a designação de Autoridade Nacional de Protecção Civil).

O alargamento de conceito traduziria a articulação que se pretende melhorar com outras áreas (como a Saúde) e vai de encontro à maior abrangência de catástrofes e acidentes tipificadas na nova Lei de Bases da Protecção Civil. O documento, já aprovado pelo Parlamento na generalidade, baixou a comissão e está pronto para aprovação.

Divergências

A Lei de Bases e o PRACE têm, contudo, alguns princípios divergentes. Enquanto a resolução nº39/2006 prevê a extinção tanto do Conselho Superior (órgão político, de nível ministerial) como da Comissão Nacional de Protecção Civil (órgão técnico), a Lei de Bases mantém a segunda, aglutinando as missões técnico-políticas.

Numa lógica de supervisão e orientação estratégica, de acordo com a Lei de Bases a Comissão manter-se-ia como órgão de topo - onde a Autoridade teria assento -, enquanto o PRACE prevê a sua extinção e a transferência das atribuições para a Autoridade.

Dúvidas levanta também o futuro do Conselho Nacional de Planeamento Civil de Emergência (criado em 1984, na dependência do Ministério da Defesa Nacional). A resolução prevê mantê-lo, embora retirando-lhe competências em matéria de protecção civil - como na prática, aliás, já sucede.

Certa é, em contrapartida, a manutenção do Conselho Superior de Bombeiros, que foi criado por lei em 2000 mas nunca teve sequer uma reunião. Está consensualizada a sua manutenção, integrado na futura Autoridade, embora com composição alterada (circunscrito a instituições representativas dos bombeiros).

Jornal de Notícias

sábado, abril 22, 2006

Alteração nas manobras de RCP…

O Conselho de Europeu de Ressuscitação (ERC) e Elsevier Ltd publicaram em 28 Novembro, no jornal internacional "Ressuscitation", as novas normas para a ressuscitação de adultos e crianças.
As recomendações feitas pelo ERC são baseadas numa revisão abrangente, baseada na prática da ciência de ressuscitação que foi empreendida nos últimos dois anos por peritos do mundo inteiro.
Estes peritos debateram as suas experiências numa reunião de Consensos, que se realizou em Dallas em Janeiro de 2005, e as suas conclusões formaram a base para estabelecer as melhores praticas mundiais.

As últimas normas de CPR tinham sido publicadas em 2000; desde então, a ciência avançou e, no nosso entender, face à evidência, melhorou.
As novas normas do CPR incidem nos conhecimentos básicos tornando mais fácil a aprendizagem dos profissionais de saúde.
Os passos para uma ressuscitação com sucesso estão patentes nos elos da Cadeia de Sobrevivência.
A avaliação rápida duma vítima habilitará que a ajuda médica seja chamada imediatamente, dando assim oportunidade para um tratamento precoce e para a prevenção duma paragem cardíaca.
No caso de paragem cardíaca, as compressões do tórax e a ventilação forçada (insuflações) feitas atempadamente podem manter bastante sangue em circulação no coração e cérebro, permitindo ganhar tempo até o coração poder ser posto novamente a trabalhar, após submetido a uma descarga eléctrica (desfibrilhação).
Uma vez o coração a trabalhar, a aplicação de outros tratamentos permitem melhorar as possibilidades do paciente recuperar totalmente.

Em comparação com as normas de 2000, as de 2005 recomendam um maior número de compressões do tórax (30 compressões para 2 insuflações, em vez das 15 compressões tradicionais para 2 insuflações).
A relação de 30:2 aplica-se a adultos e crianças (com excepção de bebés recém-nascidos) — isto torna tudo mais fácil para todos aprenderem e se lembrarem.
As normas 2005 do ERC fornecem recomendações em todos os aspectos da ressuscitação de cárdiopulmonar.

Estas normas estão baseadas numa revisão extensa dos estudos de pesquisa sobre a matéria feita por peritos do mundo inteiro. Espera-se que adopção desta prática de "estado-de-arte" aumentará o número de sobreviventes de paragem cardíaca.

NOTA:
Para além da alteração acima referida no algoritmo do SBV, os passos B (Breathing)e C (Circulation) passam a ser feitos em simultâneo (durante 10 seg) deixando de haver a palpação do pulso carotídeo.
Caso não se constatem sinais de circulação, após fazer o 2º pedido de socorro (afastando-se da vítima se necessário), o socorrista inicia imediatamente a compressão torácica externa, deixando de se fazer as duas insuflações iniciais.

Quem quiser consultar o documento original (em inglês) poderá fazê-lo no site do ERC – European Ressuscitation Council, http://www.erc.edu/, e fazer o respectivo "down load" clicando em "the latest guidelines on Ressuscitation" e seguintes. Recomenda-se a leitura das Secções 2 e 7c cujo conteúdo faz parte do Manual alterado.

Fogos: GNR não vai substituir bombeiros

O ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, garantiu hoje que o Governo não pretende substituir nenhum agente de Protecção Civil com a criação do Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro (GIPS) da GNR.

Na cerimónia de encerramento do primeiro curso de formação do GIPS da GNR, em Portalegre, o ministro afirmou que a função desta unidade especializada é «reforçar e apoiar» os outros agentes de Protecção Civil no combate aos incêndios.

«Esta unidade não foi criada para substituir qualquer outro agente de Protecção Civil. Sabemos que a coluna dorsal da Protecção Civil em Portugal é assegurada pelo esforço abnegado e voluntário dos bombeiros», declarou.

António Costa considerou «correcta e racional» a decisão de criar esta unidade especializada de Protecção Civil dentro da GNR para apoiar no combate aos incêndios.

«A GNR é uma força que tem dispositivo em todo o território, tem enquadramento e capacidade administrativa e logística. Se este grupo fosse criado numa outra instituição teria que ser feito tudo de novo», sublinhou.

O ministro enalteceu ainda o trabalho desenvolvido pela GNR no âmbito da criação deste Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro.

«Se há algo que, passados seis meses, tenho a dizer é que a GNR esteve à altura e cumpriu o desafio que o Governo lhe colocou», disse.

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Duarte Caldeira, também participou na cerimónia, no Agrupamento de Instrução de Portalegre da GNR, entregando insígnias a alguns dos elementos que participaram no curso de formação da unidade especializada da GNR.

Em declarações aos jornalistas, Duarte Caldeira assegurou que estão ultrapassadas todas as dúvidas acerca do papel a desempenhar pelos bombeiros e por esta unidade especializada da GNR no combate aos incêndios.

«Nunca houve problemas entre bombeiros e GNR», disse Duarte Caldeira, a firmando que «está perfeitamente clara a delimitação de missão entre a GNR e os bombeiros».

«A nossa preocupação tinha a ver com essas dúvidas e esclarecidas que estão, estamos preparados para o desafio que todos os anos se coloca aos bombeiros», frisou.

No primeiro curso de formação do Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro da GNR, desenvolvido nos últimos seis meses em Portalegre e na Lousã, participaram 306 elementos que vão intervir no combate aos incêndios em Portugal, a partir do dia 15 de Maio.

Os elementos da GNR que participaram no curso de formação vão ser distribuídos por três companhias que vão actuar nas zonas de Vila Real, Viseu, Coimbra, Leiria e em Faro.

Portugal Diário...

sábado, abril 15, 2006

Já no JN! :P Bombeiros elegem Carlos Sousa para Comandante!

Chegou ao fim a polémica à volta da escolha do nome do comandante dos Bombeiros Voluntários de Viseu. Na calha estava o regresso de João Marques, que não foi reconduzido no comando distrital de operações e socorro (CDOS), ou a passagem, com estatuto definitivo, do actual comandante interino Carlos Sousa.

A corrida acabou por ser ganha pelo último e por unanimidade dos elementos da Direcção da associação. "Só falta agora o nome ser homologado pelo Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), que não deverá levantar objecções. Se levantasse, seria a primeira vez", explica Alfredo Ribeiro Gonçalves, presidente da Direcção da Associação Viseense de Bombeiros Voluntários, uma instituição que acaba de comemorar 120 anos de vida.

Recorde-se que o regresso de João Marques, que foi comandante dos voluntários antes de assumir o CDOS, estava a ser contestado por alguns elementos do corpo activo, entre eles vários chefes.

A escolha de Carlos Sousa, segundo fonte dos bombeiros, "era a mais consensual de entre todas". Sousa era comandante interino desde há um ano, altura em que assumiu o cargo deixado vago por Vítor Santos, que liderou os bombeiros apenas por poucos meses.

"Nada vai mudar, mas é claro que acrescem as responsabilidades de ter chegado a um lugar de topo", explica Carlos Sousa, bombeiro há 39 anos e que decidiu reconduzir no cargo os dois adjuntos Horácio Alves e Luís Duarte.

Com o aproximar do Verão e da época de fogos, o novo comandante diz-se preparado para a enfrentar. Está apenas preocupado com os sete elementos da corporação que vão fazer integrar uma brigada que vai trabalha em Seia. "Vou tentar ultrapassar esse problema", diz.

sexta-feira, abril 14, 2006

Sistema de combate a incêndios vai ser apresentado na Lousã

Uma nova tecnologia de combate a incêndios, que permite aos bombeiros criar uma área de superfície de água 50 vezes superior a uma auto-bomba convencional, vai ser apresentada na próxima segunda-feira na Lousã.

A apresentação e teste dos equipamentos terá lugar no auditório do Centro de Operações e Técnicas Florestais, às 15:00, seguindo-se um simulacro de incêndio no aeródromo municipal, onde funciona um pólo do Centro de Formação da Escola Nacional de Bombeiros.

Concebida pela empresa alemã AFT (Advanced Firefighting Technology GmbH), a nova tecnologia foi desenvolvida a partir da indústria aeroespacial, tendo sido posteriormente adoptada e aperfeiçoada para o combate aos fogos.

"Os novos equipamentos permitem uma primeira intervenção mais decisiva, mais eficaz e com menos recursos, utilizando aerodinâmica avançada e aplicações da engenharia de fluxos e misturas de água e ar comprimido", explicou a AFT em comunicado.

Segundo a empresa alemã, "esta tecnologia permite criar uma área de superfície de água 50 vezes superior a uma auto bomba convencional, resultando num rápido arrefecimento da zona", explicando que "a névoa gerada expande-se 1640 vezes, tornando inerte a atmosfera em torno do fogo".

"Os equipamentos que vão ser testados são ideais para permitir uma resposta rápida e eficaz dos bombeiros, um dos pilares para solucionar o drama dos incêndios em Portugal", sublinha a AFT.

Segundo o fabricante, a unidade Modular de Ar Comprimido (APM) incorpora um sistema de atomização para água nebulizada e espuma com ar comprimido para combate a incêndio.

O sistema é modular e pode ser ampliado, dependendo das necessidades do cliente. Devido à tecnologia própria utilizada, este sistema combinado é 10 vezes mais potente do que a maioria dos produtos da categoria mais competitiva.

Com um peso de 200 Kg, este sistema de pulverização permite enviar um "spray" de 60º a uma distância de 6-7 metros e um jorro até aos 17-18 metros, com um tempo de operação de até 300 segundos usando o caudal máximo.

Sistema de 400 litros em viatura todo o terreno
O mesmo fabricande dispõe de sistemas com 400 litros de água montados em viaturas todo o terreno ligeiras, que podem ainda transportar outros equipamentos e uma tripulação de dois elementos, capazes de serem usadas como unidades de intervenção rápida.

Sendo bem vindas, estas novas tecnologias podem deslumbrar alguns, mas não pode fazer esquecer que o problema dos incêndios florestais é estrutural e não depende apenas da sofisticação dos equipamentos disponíveis.

Aliás, em Portugal os gastos com os incêndios são particularmente elevados e os resultados não acompanham estes investimentos, razão pela qual, não esquecendo a importância do progresso tecnológico, se deve olhar mais longe.

Retirado de Verão Verde

terça-feira, abril 11, 2006

Ao amigo Birras...

Relativamente à notícia divulgada por um órgão de comunicação social, na qual afirma que os Voluntários recebem 70 milhões de euros por ano, a APBV – Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários vem, pelo presente, informar:

Julgamos um absurdo e extremamente inflacionados os valores divulgados. Feitas as contas corresponde a uma despesa média de 32.500 contos por Corpo de Bombeiros. A APBV conhecendo a realidade de muitas Associações, e a crise financeira que muitas delas atravessam, questiona como seria possível gastarem-se tais montantes só para pagamento de ordenados?

Sem querer pôr em causa este prestigiado órgão de comunicação social, gostaria que me apresentassem os dados em que se basearam para divulgarem tais valores.

É verdade que as Associações detentoras dos Corpos de Bombeiros têm bombeiros remunerados. Esses bombeiros não são profissionais. São, sim, bombeiros voluntários ASSALARIADOS. Apesar de serem assalariados, pertencem aos quadros dos Corpos de Bombeiros e depois da hora de trabalho, prestam serviço voluntário no seu corpo de bombeiros.

Se assim não fosse, então os Corpos de Bombeiros Voluntários passariam de Voluntários a Mistos. Com isto quero dizer que existem Corpos de Bombeiros Municipais Mistos, ou seja, têm elementos que são bombeiros PROFISSIONAIS e bombeiros voluntários.

A APBV entende que se querem partir para a profissionalização dos bombeiros, que o façam. Será excelente para os nossos directores porque deixarão de se preocupar em operarem verdadeiros milagres financeiros, dormirão as noites descansados e, muitos deles, deixarão de ser fiadores dos empréstimos bancários contraídos pelas suas Associações.

Apesar das associações terem de contraírem empréstimos bancários não significa que não exista boa gestão financeira. Se as associações o fazem é por uma razão muito simples: O Estado e a maioria das autarquias não apoiam devidamente as Associações e os próprios Bombeiros Voluntários. Com toda esta polémica que tem sido levantada, alguém já interrogou os autarcas, a ANMP e o próprio Estado se estão dispostos a suportar o custo para serem detentores de um Corpo de Bombeiros Profissional no seu município?

Já foram feitas bem as contas do quanto custaria ao Estado, às autarquias e aos bolsos dos contribuintes (convém não esquecer que nós elementos da APBV e Bombeiros Voluntários também somos contribuintes) a profissionalização dos bombeiros? Estranho imenso as notícias que ultimamente têm sido divulgadas.

E estranho mais quando estamos a pouco mais de um mês do início da Fase Alfa (15 de Maio). Na minha opinião o Governo tem de tomar medidas sobre tudo o que se está a passar. Digo isto por uma razão muito simples: Tem de se dignificar, incentivar, acarinhar e apoiar os Bombeiros Voluntários de Portugal.

Os milhares de Homens e Mulheres que prestam um serviço gratuito à comunidade e ao Estado, sem nada lhes pedir em troca e, mais grave, em alguns casos perdem as suas próprias vidas no cumprimento da sua missão.

Lamentavelmente, isto não está acontecer.

Com tudo o que se está a passar, está-se sim a denegrir a imagem dos Bombeiros Voluntários e, quem sabe, a tentarem aniquilar o voluntariado em Portugal.

Saudações Humanitárias

O Presidente
Paulo Jesus

Ser Bombeiro não é o que fazemos, é o que somos!

Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários

domingo, abril 09, 2006

Bombeiros Voluntários de Viseu não se entendem sobre futuro comandante, Diário de Viseu.

O regresso de João Marques ao comando dos Bombeiros Voluntários de Viseu "dificilmente acontecerá", um cargo que ocupou antes de ter liderado o Comando Operacional de Socorro (COS) de Viseu.

Depois da sua saída deste organismo, voltou a colocar-se a hipótese de reassumir o anterior cargo, mas o nosso Jornal sabe que algumas das pessoas dos lugares de topo dos Bombeiros Voluntários são contra esta possibilidade.

Uma reunião na terça-feira à noite entre a direcção da Associação e as chefias serviu para discutir este assunto, mas a maioria terá rejeitado o regresso de João Marques.

Fonte disse ao nosso Jornal que no comando foram "criados alguns anti-corpos" relativamente ao anterior coordenador distrital do COS, mas que também a "luta pelo comando" parece não ter fim. Para "quem vier de fora é uma guerra e de dentro todos querem" (o lugar), salientou a mesma fonte.

Há cerca de um ano que a corporação é comandada interinamente por Carlos Sousa, altura em que assumiu o cargo deixado vago por Vítor Santos que assumiu a liderança por poucos meses. Há quem defenda que o comandante deve continuar a ser Carlos Sousa.

A direcção da Associação deverá dentro de uma semana escolher quem vai comandar os Bombeiros Voluntários de Viseu.

Diário de Viseu

sexta-feira, abril 07, 2006

Epá e tal GNR`s Pá e Tal….


Vou deixar aqui a minha modesta e insignificante opinião em relação aos Grupos para Primeira Intervenção da Guarda Nacional Republicana…
A primeira intervenção a um incêndio florestal tem sem dúvida demasiada importância… È dela que vai depender directamente o desenvolvimento do incêndio.
Na minha opinião, para esta primeira intervenção todos são poucos, nunca a menos sempre mais…
Sendo assim, acho que nos devemos empenhar num trabalho conjunto, mostrando o nosso profissionalismo e experiência de anteriores anos.
Não vale a pena entrarmos em guerrilhas desnecessárias porque nunca temos meios a mais para uma primeira intervenção, antes pelo contrário, temos notado uma velocidade de propagação muito rápida para a resposta dos meios.
O facto de a formação ter sido dada a GNR`s penso que terá sido apenas para aproveitar recursos humanos já existentes, o que não acho errado.
Penso que se trabalharmos em conjunto vamos conseguir atingir bons objectivos…
Como já disse é apenas a minha opinião, gostava de saber as vossas…

Cumprimentos…

terça-feira, abril 04, 2006

Fogos já ameaçam florestas do Centro

O fogo destruiu ontem áreas florestais de vários concelhos dos distritos de Coimbra e Viseu, revelando sinais do que será a época de incêndios. O caso mais grave ocorreu em Cantanhede e as autoridades suspeitam que teve origem criminosa.

Em Viseu houve casos em Tarouca, Almaça (Mortágua), Adiça (Tondela), Travanca de Bodiosa (Viseu), Águas Boas (Sátão), Canas de Santa Maria (Tondela), Carregal do Sal, Ariz (Moimenta da Beira) e Barroncal (Lamego).

César Fonseca, coordenador do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil em Viseu, disse que os focos de incêndio em mato e floresta foram extintos rapidamente pelos bombeiros. Em comparação com o ano passado, nos meses de Fevereiro e Março houve menos incêndios e menor área ardida, devido à chuva das últimas semanas.

Pouco optimista, César Fonseca afirma: “Tudo aponta que vai ser outro ano terrível, pois prevê-se falta de água para o pico do Verão.”

(Excerto da noticia publicada no Correio da Manhã.)

Mensagem de telemóvel provoca demissões, no JN.

A direcção da Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu perdeu, no passado fim-de-semana, o secretário técnico e o tesoureiro, no âmbito de uma polémica relacionada com uma mensagem de telemóvel, disse, ontem, o presidente daquele organismo. Na assembleia-geral realizada sábado à noite, foi aprovada por maioria a demissão do secretário técnico da Federação, Alexandre Borges (comandante dos Bombeiros Voluntários de Canas de Senhorim), e aceite o pedido de demissão do tesoureiro, Eduardo Boloto (presidente dos Bombeiros de Salvação Pública de S.Pedro do Sul).

Rebelo Marinho contou à Lusa que, "na noite em que se soube que João Marques ia ser substituído no comando distrital de bombeiros, o comandante de Canas de Senhorim enviou-lhe uma mensagem, que supostamente era para ser anónima, mas acabou por o não ser, manifestando satisfação pela sua saída e dizendo-lhe para ir chorar nos ombros dos seus lacaios". "João Marques reencaminhou a mensagem aos comandantes do distrito, que interpretaram que o nome lacaios lhes era dirigido, uma vez que tinham defendido a sua continuação", acrescentou.

Quando começou a ser veiculada a possibilidade de João Marques ser substituído por César Fonseca (comandante dos bombeiros de Vila Nova de Paiva), 28 dos 33 comandantes do distrito exigiram a sua manutenção no cargo e deram conta da sua posição ao presidente do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil. De fora ficaram os comandantes de Penalva do Castelo, Sátão, Vila Nova de Paiva, Canas de Senhorim e Tondela.

Rebelo Marinho considerou que Alexandre Borges enviou a mensagem de telemóvel enquanto comandante dos bombeiros de Canas de Senhorim e não na condição de membro da direcção da Federação e, por isso, decidiu não tomar posição. No entanto, admite que esta situação "caiu mal" e que os outros comandantes de bombeiros se "sentiram ofendidos com o teor da mensagem". Um grupo deles, apresentou uma moção na reunião de sábado a pedir a demissão de Alexandre Borges, que foi aprovada por maioria. Insatisfeito por a Federação não ter tomado antes posição sobre esta mensagem, o presidente dos Bombeiros de S.Pedro do Sul, Eduardo Boloto, tinha também já pedido a sua demissão do cargo de tesoureiro, que foi aceite no sábado. O cargo de director técnico passará a ser ocupado pelo comandante de Nelas e o de tesoureiro pelo comandante do Sátão.

sábado, abril 01, 2006

Juvebombeiro


A Liga dos Bombeiros Portugueses, com o apoio da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos e da Associação dos Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos, organiza no próximo dias 8 de Abril, o VIII Encontro Nacional da Juvebombeiro. O encontro terá lugar no Pavilhão Multiusos.
Prevê-se para o encontro a participação de 400 jovens bombeiros de todo o País para promover o debate e a partilha de ideias/experiências vividas por estes no domínio das suas actividades como bombeiros.

No distrito de Viseu, tive conhecimento que a Delegada Anabela em articulação com a LBP conseguiu um autocarro bem como alojamento para que a deslocação se faça na Sexta-Feira.
Agradeço à delegada e apelo à participação de todos os jovens do distrito…

Cumprimentos

Tesoureiro critica presidente da federação dos bombeiros, no Jornal do Centro...

As recentes polémicas em torno da nomeação do novo comandate distrital operacional dos bombeiros chegaram ao seio da federação que congrega as 33 corporações do distrito de Viseu. O tesoureiro da Federação dos Bombeiros do Distrito de Viseu (FBDV), Eduardo Boloto, está demissionário, em divergência com o presidente da estutrutura, Rebelo Marinho.
Eduardo Boloto lamenta que a “mensagem baixíssima” que o comandante dos Bombeiros Voluntários de Canas de Senhorim (BVCS) endereçou ao anterior comandante distrital, João Marques, não tenha merecido mais que o silêncio de Rebelo Marinho. O comandante dos BVCS, Alexandre Borges, que é secretário técnico da FBDV, remeteu uma mensagem via telemóvel (SMS) a João Marques, em que apelidava de “lacaios” os subscritores de um abaixo-assinado que reclamava a permanência em funções do então comandante distrital.
“Esperei que Rebelo Marinho se manifestasse” contra o teor da mensagem do membro da FBDV - alega Eduardo Boloto, que é presidente do Corpo Voluntário de Salvação Pública de S. Pedro do Sul. “A federação é o sindicato dos bombeiros”.
O tesoureiro demissionário anuncia novidades para a próxima assembleia geral da FBDV, já amanhã, 1 de Abril, embora não as revele publicamente. Certeza assumida é a de que o pedido de demissão se mantém até à altura da reunião.
Rebelo Marinho, embora admita que “não mandava” a mensagem polémica a João Marques, argumenta que Alexandre Borges o fez “na qualidade de comandante dos BVCS e não de membro da FBDV”. O presidente da FBDV escusa-se, por isso, a comentar o teor da SMS e afirma lamentar “sempre” que um mandato não seja cumprido até ao fim, numa crítica implícita a Eduardo Boloto, tesoureiro da federação “há dois meses”, num mandato de três anos.
ed. 211, 31 de Março de 2006