quarta-feira, agosto 30, 2006

Equipas dos bombeiros e da GNR nos fogos não falam entre si

Amadeu Araujo

Os grandes incêndios de Viseu demonstraram que as viaturas dos bombeiros e da GNR não partilham as comunicações de manobra no teatro de operações o que causa “problemas e pode levantar questões de segurança, como aconteceu no incêndio de Galifonge” salienta Carlos Sousa, comandante dos Voluntários de Viseu. Dificuldades que levaram a que desde a semana passada os rádios das viaturas dos bombeiros estejam a ser dotados dos respectivos canais. Apesar disso, Ascenso Simões, secretário de Estado da Administração Interna, que também marcou presença na reunião da Comissão Parlamentar Eventual, classifica como “extremamente positiva” a integração da GNR no novo dispositivo de combate a incêndios florestais. Para o governante os fogos são um problema de “segurança interna que não se resolvem numa legislatura”, disse. Daí que Ascenso Simões aponte a interligação das diversas forças que intervém nos incêndios como o exemplo a seguir. Para isso torna-se necessário “afinar alguns aspectos, entre os quais as comunicações, que apesar de tudo têm vindo a ser melhoradas”. A solução passa pois pelo estreitar de relacionamento com a comissão eventual, conquanto “esta é uma matéria transversal a todos os partidos”, concluiu.

Fonte: DN.

sábado, agosto 19, 2006

Governo profissionaliza parte dos voluntários

O Ministério da Administração Interna (MAI) vai avançar com a profissionalização de uma parte dos corpos de bombeiros voluntários, respondendo assim a uma reivindicação antiga dos bombeiros.

A intenção é criar grupos de intervenção permanente que actuarão não só no combate aos incêndios florestais mas também nos fogos urbanos ou em qualquer outra ocorrência. A medida avança já no próximo ano e incidirá, numa primeira fase, nos concelhos de maior risco. "A criação destes grupos passa pela profissionalização de alguns voluntários", adiantou ao DN fonte do MAI.

Depois de ter apostado na GNR para intervir, numa primeira fase, no combate aos incêndios e, posteriormente, noutras acções de socorro - tendo criado os grupos de intervenção, protecção e socorro entregues a 340 militares -, o ministro da Administração Interna, António Costa, acaba assim por reconhecer que tal aposta se revelou insuficiente. E virou as atenções para os bombeiros.

"O Governo está a perceber agora que é natural, óbvio e necessário recorrer aos bombeiros e que a GNR não resolve o problema do socorro em Portugal", reagiu ao DN o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Duarte Caldeira, que se congratulou com a intenção do MAI.

Há já alguns anos que a Liga alerta para o parco número de bombeiros que estão a cem por cento (ou seja, a tempo inteiro) no combate aos fogos e nas acções de socorro à população, exigindo a criação de uma estrutura permanente. Recorde-se que os fogos florestais representam apenas 30% do total das ocorrências dos bombeiros. O Governo, é certo, sempre reconheceu esta carência, mas deixou claro, em Outubro do ano passado, que já tinha feito a sua aposta... na GNR. Opção que suscitou, então, muita polémica e contestação por parte dos bombeiros.

A profissionalização de parte dos corpos de bombeiros voluntários será feita de forma gradual, começando já no próximo ano. Mas o Governo não sabe ainda qual o número de voluntários que será abrangido e em quantos concelhos arrancará a medida. "Essa é uma matéria para tratar depois de terminada a fase Charlie do dispositivo de combate aos incêndios. Nessa altura, o tema será objecto de diálogo com a Liga dos Bombeiros Portugueses", disse ao DN fonte do MAI. O presidente da Liga, no entanto, já tem em mente qual a proposta que vai apresentar a António Costa. "A nossa sugestão é que, em 2007, sejam criados grupos de intervenção permanente em cem corpos de bombeiros e que, em 2008, sejam criados em 120, o que cobrirá 50 % dos corpos de bombeiros voluntários", explicou Duarte Caldeira.

Comandante municipal

A criação da figura do comandante municipal dos bombeiros, que ficará sob a alçada do presidente de câmara, é outra das apostas do Governo. Mas as associações do sector estão a reagir com algumas reservas a esta iniciativa. "É importante saber qual vai ser a missão, o modelo de recrutamento e como será feita a articulação com os comandantes das corporações. Isso não está clarificado", avisa Duarte Caldeira.

Paulo Jesus, presidente da Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários, concorda com a criação da figura, mas defende que o comandante municipal deve ser nomeado pelo presidente do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil e não pelo presidente da autarquia.

Fonte: DN

quarta-feira, agosto 09, 2006

Dúvida....

Alguém me pode dizer onde anda o GIPS da GNR durante a noite?