sábado, abril 29, 2006

Bombeiros vivem “clima pacífico”

Depois da polémica da nomeação do comandante distrital de Operações de Socorro de Viseu, o próprio garantiu ontem que se vive “um clima pacífico” entre os bombeiros do distrito.

César Fonseca diz não ter receio quanto à época de incêndios, anteriormente ameaçada de boicote pelos comandantes das corporações. O comandante distrital de Operações de Socorro de Viseu, César Fonseca, garantiu ontem que se vive um “clima pacífico” nos bombeiros do distrito, apesar de a sua nomeação ter estado envolvida em polémica. Quando o nome de César Fonseca começou a ser falado para o cargo, 28 dos 33 comandantes de corporações de bombeiros do distrito promoveram dois abaixo-assinados pela manutenção de João Marques.

Numa reunião realizada a 2 de Março, ameaçaram mesmo mostrar “total indisponibilidade” para integrar qualquer escala de comandante de serviço durante a época de fogos florestais caso João Marques não fosse reconduzido. Em declarações ontem aos jornalistas, o novo comandante distrital, César Fonseca (antigo comandante dos Voluntários de Vila Nova de Paiva), disse não ter qualquer receio em relação à época de fogos florestais que se aproxima, porque “o clima está pacífico”. “Cada comandante terá de ser responsável pela actuação do seu corpo de bombeiros. Está definido em lei qual é o trabalho de cada corpo de bombeiros. Da minha parte não há qualquer tipo de receio, conto com todos”, afirmou.

Comandantes pretendem cumprir ameaça

Os comandantes das corporações de Penedono e de Salvação Pública de S. Pedro do Sul, António Nogueira e António Almeida, respectivamente, disseram à Agência Lusa que pretendem cumprir a ameaça de não integrar as escalas de comandante de serviço, mas admitem que alguns dos seus colegas venham a desistir.

“Eu continuo indisponível, mas certamente que alguns vão retroceder”, referiu António Nogueira, esclarecendo que a tomada de posição nunca foi contra a pessoa de César Fonseca, mas sim a favor da manutenção de João Marques. Ainda que admita que “o clima entre bombeiros e comandante distrital esteja pacífico”, António Nogueira argumentou que “quando se faz uma ameaça deve-se cumpri-la, para não cair no descrédito”.

“Se alguma vez me solicitarem ajuda voluntariamente não direi que não, porque em primeiro lugar estão as pessoas e os seus bens, mas enquanto comandante de serviço remunerado estou indisponível”, frisou. O mesmo garante o comandante António Almeida, que pretende manter a sua decisão. “Sou uma pessoa de palavra e por isso vou manter o que disse. E tenho falado com alguns colegas que também continuam com essa intenção. Não podemos andar a brincar e trocar a nossa palavra por uns míseros euros, porque se já temos pouca credibilidade, então ficamos sem nenhuma”, justificou.

No entanto, segundo António Almeida, só no dia 6 de Maio, quando for apresentado o dispositivo distrital para a próxima época de fogos florestais, “é que se verá quem integra ou não as escalas de serviço”.
Essa escala é feita na época de fogos florestais para garantir que, diariamente, existe um elemento do comando de serviço adstrito a cada uma das quatro zonas operacionais do distrito de Viseu. Os comandantes são remunerados para a integrar.

O Primeiro de Janeiro

1 comentário:

Bleve, Sr. disse...

Não posso deixar de comentar…

Acho muito bem que todos os comandantes fiquem indisponíveis… Mas mesmo todos, não apenas os que assinaram para a recondução do JM!
Pode ser que assim também acabem com os tachos dos ECS, sim, porque o tacho de coordenadores aéreos já acabou! :D LOL ( não sabiam? Desculpem dar a noticia desta maneira :D )

Cada CB tem o seu comando, e este na minha opinião é suficiente para a sua AAP, não são precisos papagaios vindos de fora!
Para mandar há sempre muitos, mas para trabalhar… Viva os VCOT`s com AC :P
Valha-me Santa Ingrássia! Lol

Cumprimentos a todos!