segunda-feira, setembro 18, 2006

Plafond

Palavra francesa, que traduzida á letra, significa tecto/ limite.

Pois nos Bombeiros Voluntários de Viseu existem os plafonados (seis), que entre outras mordomias, dispõem de telemóvel pago pela associação, num total de quatrocentos euros mensais.

Se esta situação é já de si grave, mais grave se torna, quando os ditos telemóveis são quinze, o que origina facturas mensais, algumas de milhares de euros.

Depois põem-nos a esticar a mão à caridade, conforme aconteceu ontem, 17/9, mas a resposta foi dada pela maioria dos bombeiros, com a não comparência, a despeito dos eternos puxa sacos e lambe botas.

Senhor presidente, tenha vergonha, e ao menos um pingo de dignidade.

Demita-se.

O mosquetão

Como me chegou por mail, faço o favor de publicar, embora reconheça não estar dentro deste assunto… Aguardo comentários esclarecedores!

domingo, setembro 17, 2006

TONDELA: Bombeiros continuam a viver situação tensa

Faixas negras contra a direcção

É mais um episódio do mal estar nos bombeiros de Tondela. No dia em que a corporação comemorava o seu 83º aniversário, cerca de três dezenas de bombeiros concentraram-se junto ao quartel, erguendo faixas negras no edifício.
Cerca de três dezenas de bombeiros de Tondela concentraram-se ontem junto ao quartel, erguendo faixas negras no edifício para assinalar um “dia de luto contra a arrogância” da direcção da corporação.
As relações entre o comando e a direcção têm-se agudizado com episódios sucessivos. Em Junho, o comandante Eduardo Rolo ameaçou formalizar o pedido de demissão dos cinco elementos do comando, alegando “falta de diálogo” com a direcção e também de material.
‘O copo transbordou’ “quando Graciano Simões se deslocou ao habitual fornecedor de combustíveis, para questionar se algum bombeiro se servia dos cartões das viaturas da corporação para abastecimento próprio”, alegou o comandante.
O presidente da direcção veio responder ao comandante em Julho, acusando-o de passar informações falseadas, rejeitando acusações.
No dia em que os Bombeiros Voluntários de Tondela comemoram o seu 83º aniversário, o corpo activo decidiu colocar faixas negras no quartel, “para assinalar a indignação de um grupo de homens e mulheres, que vêem que o que se está aqui a passar é mau demais”, explicou o comandante dos Bombeiros de Tondela.
Eduardo Rolo frisou: “O dia de hoje é um dia de luto contra a arrogância dos corpos sociais. Temos direito à indignação e resolvemos mostrar à população o nosso desagrado”. “Como não temos motivos para festejar, estamos de luto, contra atropelos e manobras maquiavélicas”, acrescentou. O comandante dos Bombeiros de Tondela disse que o corpo activo resolveu “não fazer qualquer semana pública, nem participar em qualquer cerimónia”.
“Apenas iremos ao cemitério prestar homenagem aos camaradas mortos, tanto em Tondela, como na secção da Lageosa do Dão”, afirmou.
Eduardo Rolo acusa a direcção da Associação dos Bombeiros Voluntários de Tondela de terem chegado “ a um ponto sem retorno. Alguém vai ter de sair, ou o comando ou a direcção”.

Fonte: O Primeiro de Janeiro

sexta-feira, setembro 15, 2006

Um afundamento célebre da emergência pré-hospitalar…

Em plena época critica, no que se refere aos incêndios florestais, é comum cair no esquecimento a emergência pré-hospitalar que afinal de contas é o peso maior dos serviços dos Bombeiros de Portugal.
Apetece-me, então, em tom de desafogo expor por escrito algumas das minhas ideias e visões pouco animadoras.
Nos últimos anos, muito esforço tem sido aplicado no sentido de melhorar a qualidade de serviços pré-hospitalares prestados pelos bombeiros, um esforço tripartido pelos próprios bombeiros, pelo comando dos Corpos de Bombeiros e claro pela ENB.

Por parte dos bombeiros, denota-se mais uma vez (como não poderia deixar de ser) um prestigioso esforço dedicado à nobre causa que é defendida.
Os comandos de igual forma, fazem cumprir rigorosamente todos os protocolos e procedimentos adequadamente. Finalmente a Escola Nacional de Bombeiros que notoriamente se tem empenhado em garantir directamente o apoio técnico formativo a todos os Bombeiros de Portugal.

Até aqui, tudo bem, penso que embora lentamente começamos a entrar no bom caminho. O que ainda me irrita fortemente é o facto de os bombeiros continuarem a tapar todas as lacunas existentes por parte do INEM, que tenta transmitir imagens fictícias através de joguinhos de markting, deixando no ar uma ilusão falsa para nós profissionais, mas enganosa para quem desconhece o seu funcionamento, a população em geral.
Quando é que os Bombeiros de Portugal abrem os olhos, para bem da população, e deixam de suportar esta fachada que se diz “grandiosa”?
Para quando o cumprimento das promessas de entrega das ambulâncias do INEM?

Enfim, tantas e tantas perguntas que neste momento me surgem sem resposta… Porquê que o INEM não se preocupa com o alargamento de viaturas médicas pelas áreas mais isoladas do interior visto que as que têm se mostram muitas vezes insuficientes?
Haverá mais falta de ambulâncias do que viaturas médicas?
Com o fecho de muitos SAP, grande parte da população do Pais fica a mais de uma hora do Hospital, logo não vai chegar em muitas situações atempadamente ao serviço de urgência…

Quem é que já pensou nisto? Porquê que se continua em Portugal com a criação de quintas? Porquê que a quinta do tio Zé tem que ser melhor que a do tio Alberto?
É a velha teoria, cada macaco no seu galho…
Deixem-se de mariquices, preocupem-se mais com a qualidade e dignidade da população que é por ela que nós cá estamos. Claro que estas minhas palavras não vão alterar nada, no entanto já foi bom desabafar…

Cumprimentos


João Rodrigues

rodriguesjms@portugalmail.pt

retirado de: Bombeirosonline.com

Prevenção e Segurança

por José Picoto
(Comandante do Corpo de Bombeiros da Associação dos Bombeiros Voluntários de Setúbal)


“Não há quem mande neste País e ponha ordem nesta situação. Até parece que somos ricos para andar nesta cegada”.


Esta frase, retirada do final de um artigo publicado no ultimo numero do jornal “Bombeiros de Portugal” traduz, decerto, o estado de espírito de muitos milhares de concidadãos que, assistindo estupefactos e sem entender o que se está a passar num sector que é responsável por uma vertente essencial da SEGURANÇA das populações.


No caso, referia-se ao INEM e á sua estratégia concertada e “secreta” de pseudo-dominio da área do socorro pré-hospitalar. Depois de anos e anos recorrendo aos bombeiros como garante do socorro das populações, com as naturais lacunas, que não são para se esconder, mas para corrigir, isso sim, em benefício dos utentes, assiste-se desde há um tempo a esta parte ao “descolar” daquele Serviço da estrutura “Bombeiros”.

Isso é patente no facto de aquele Instituto Público dizer não ter verbas para a formação dos tripulantes de ambulância nos corpos de bombeiros, nem tão pouco para a renovação dos veiculos sob responsabilidade destes ultimos. No entanto, já há dinheiro para a colocação de unidades e tripulações daquele instituto em áreas de actuação onde o serviço é já assegurado por corpos de bombeiros e outras entidades (“a amarelinha”).

Assiste-se à duplicação dos meios no terreno, o que á partida poderia ser interpretado como um sinal positivo. Desengane-se o estimado leitor, pois que, até à data, tal apenas tem provocado descoordenação e desentendimento na prestação do socorro, com duplicação de meios numa mesma ocorrência, meios esses que poderiam ser uteís noutras ocorrências que se possam entretanto registar.

E tudo porque, o INEM quer trabalhar à parte, como estrutura autónoma, não colaborante com o restante do sector do socorro, normalmente sob responsabilidade dos bombeiros. Fala-se na criação de centrais unicas de socorro, onde todas as entidades (inclusivé o INEM) teriam assento e, assim, de forma concertada, se faria uma correcta e adequada gestão dos meios de intervenção.

Quem estiver de fora, a olhar com olhos de ver, questionar-se-á se somos assim tão ricos que possamos manter Centrais de Coordenação do INEM, Centrais de Coordenação de Bombeiros, Centrais de Despacho de Meios de Socorro da Cruz Vermelha, Centrais da PSP ou da GNR... tudo mantido á custa do “Zé Contribuinte”!

E quando os bombeiros portugueses, cientes das suas responsabilidades reclamam desde há anos a dotação financeira que lhes permitam a manutenção de, pelo menos, uma equipa de intervenção de socorro que assegure sempre a capacidade de intervenção, sem que tal tivesse até à data surtido qualquer efeito, - tal capricho de criança mimada que deve ser ignorado- descobriram agora os nossos governantes que a solução é a criação de uma estrutura de comandantes própria, com Comandantes nacionais (8), distritais (36) e outros mais, bem como uma estrutura de suporte (Centros de Coordenação ) e, o que mais lhes aprouver. O problema não está na decisão em si, pois que lhes compete decidir (de preferência acertadamente).

Mas esta estrutura tem custos, e não são tão poucos quanto isso. E eis que se criou um grupo de “generais” sem exército!... Ahh, pois. Porque, em Portugal, o Estado não tem bombeiros e, não são os 350 GNR’s que estão agora a ser “injectados” no sistema que poderá ser considerada a estrutura de bombeiros do País. É que, os cerca de 40.000 homens que constituem a actual estrutura de bombeiros voluntários são-no na dependência de entidades privadas – as Associações de Bombeiros Voluntários. Não são bombeiros do Estado! E, se por acaso, os dirigentes dessas associações deliberassem retirar do ambito dos seus fins, o combate aos incêndios, transformando as associações em, por exemplo, associações de bem-fazer e solidariedade? Ficava o quê?... Um grupo de “generais” pagos pelos Estado para comandar então sim, 350 militares da GNR investidos em bombeiros.

E para quem pensa que assim deverá ser, no futuro, com o País a criar a sua estrutura de bombeiros estatais, desprezando aquilo que é impar no mundo, mas que nós orgulhosamente ostentamos e exibimos, que é o facto de sermos bombeiros voluntários, recomenda-se então a consulta do orçamento camarário para a manutenção de um (e um só) corpo de bombeiros profissionais. Em Setúbal, há uns tempos atrás, tal não andava longe de uns oitocentos mil contos anuais. Mas, o que é isso, para nós os ricos?...



retirado de: Setúbal na Rede

segunda-feira, setembro 04, 2006

Montepio Geral lança campanha de apoio aos Bombeiros Portugueses

O Montepio Geral, fazendo prova das suas boas práticas de Responsabilidade Social, lança, a partir do próximo dia 30 de Agosto, uma campanha de apoio aos bombeiros portugueses, mediante a disponibilização de uma conta de depósitos à ordem destinada a recolher donativos para aquisição de equipamento de protecção individual, a favor das corporações de bombeiros portuguesas.

A conta bancária foi constituída com um donativo-base no valor de 10 mil euros, atribuído pela Fundação Montepio Geral e, até dia 30 de Outubro, aguardará os contributos de clientes, associados e colaboradores do Montepio Geral, mas também de todos quantos desejem homenagear os soldados da paz apoiando-os através da melhoria dos meios colocados à sua disposição.

A partir de 30 de Outubro, o montante angariado será entregue pelo Montepio Geral, em parceria com a Liga de Bombeiros Portugueses, às corporações que, em função da carência de meios, tenham sido identificadas pela Liga.

A conta de depósitos à ordem criada pelo Montepio Geral tem o NIB 0036 0185 99100012029 64 e o pedido de recibo do donativo deverá ser efectuado junto da Fundação Montepio Geral (tel. 213 248 000) ou aos balcões do Montepio Geral.

Fonte: noticias MG