quinta-feira, julho 27, 2006

Para socorrer é preciso chegar em segurança


Considerando o elevado número de acidentes que ocorrem nas estradas portuguesas, e que envolvem, também, veículos dos Corpos de Bombeiros, com consequências humanas e materiais sempre indesejáveis, o Comando Nacional de Operações de Socorro do SNBPC emitiu uma Norma Operacional Permanente, dirigida aos Corpos de Bombeiros, aludindo à necessidade de cumprimento do código da estrada e demais legislação, no exercício das suas missões, evitando situações que ponham em risco os seus próprios elementos e pessoas terceiras.


www.snbpc.pt

domingo, julho 23, 2006

Bombeiros barricados contra novo comando

Elementos do corpo activo dos Bombeiros de Carregal do Sal barricaram-se, anteontem, nas oficinas do quartel, e tocaram as sirenes em protesto contra a composição da equipa de comando. A contestação colectiva acabou por levar o novo comandante, Fernando Ruas, a demitir-se das funções para as quais tinha sido empossado há cerca de uma semana. Armando Lopes, bombeiro da casa há 31 anos, assumiu o comando interino e prometeu "pacificar" os ânimos.

O que prometia ser mais um dia normal de treino acabou, anteontem, por revelar-se complicado para os Bombeiros Voluntários de Carregal do Sal. Tudo porque a maioria dos elementos do corpo activo não gostou da escolha de Fernando Ruas para os lugares de segundo-comandante e adjunto de comando.

"Ao conhecerem a equipa completa, os homens começaram a sair da formatura e a tocar as sirenes atraindo dezenas de populares. Alguns, chegaram a barricar-se, por momentos, no interior das oficinas. Só quando um grupo foi ouvido pela Direcção, que estava reunida nas instalações do quartel, é que as coisas se acalmaram", explicou, ao JN, Armando Lopes, que reassumiu as funções de comando interino que já desempenhava antes da escolha da nova equipa.

Armando Lopes considera que o protesto teria sido evitado, se o novo comandante optasse por seguir o conselho que lhe deu na última quarta-feira. "Convidou-me para assumir o lugar de segundo comandante, mas eu rejeitei por discordar da composição da equipa. Sugeri-lhe, por isso, que antes de convocar os homens para apresentar as pessoas que escolheu, deveria ouvir o corpo activo", explicou.

Indigitado pela direcção para assumir funções interinas, Armando Lopes promete pacificar a vida nos bombeiros. "Estamos a falar de 126 elementos. Numa estrutura desta envergadura, não podemos tomar decisões de costas voltadas uns para os outros", disse Armando Lopes. O JN não conseguiu falar com o comandante demissionário.


Fonte: JN

sexta-feira, julho 21, 2006

Liga dos Bombeiros faz levantamento de corporações sem "kits" anti-fogo


"A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) está a fazer um levantamento do número de corporações de bombeiros voluntários que ainda não receberam "kits" individuais de combate ao fogo, situação atribuída pelo Governo a atrasos dos fornecedores. O presidente da LBP admitiu ter ficado "surpreendido" com o anúncio feito pelo ministro da Administração Interna mas já apurou que pelo menos em Lisboa e Leiria há de facto atrasos nas entregas.

O presidente da LBP, Duarte Caldeira, disse hoje à Lusa que o levantamento já foi pedido na sequência das declarações do ministro António Costa, ontem à rádio TSF, segundo as quais algumas corporações de bombeiros estão sem "kits" individuais de combate ao fogo, porque "nem todos os fornecedores forneceram a tempo e horas os equipamentos que foram contratados pelas associações", o que fez com que em alguns distritos ainda faltem "kits"

Duarte Caldeira ficou "surpreendido" pelas declarações do ministro, pois havia a informação de que, "até ao final deste mês, todos receberiam" os "kits".

"Pedimos imediatamente ao colega que trata da logística para fazer um levantamento das associações que ainda não receberam os "kits", que deverá apresentar os resultados amanhã (sábado) na reunião da Direcção", afirmou.

O presidente da Liga admitiu já haver atrasos "nos distritos de Leiria e Lisboa", conforme confirmou após as declarações do ministro da Administração Interna.

Quanto aos fornecedores, Duarte Caldeira disse que a Liga "distanciou-se do processo da escolha". "O Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil fez a consulta junto de fornecedores, escolheu-os e indicou-os aos Governos Civis, que, por sua vez, os indicaram às associações de bombeiros", explicou.

Cada "kit" de equipamento individual inclui calças, coletes, botas, luvas e protecções para a cabeça, sendo todas as peças feitas em tecido especial para resistir ao fogo e altas temperaturas.

Cada conjunto inclui também um capacete e uma tela de abrigo contra o fogo.

O investimento em "kits", para cerca de cinco mil bombeiros, ronda os sete milhões de euros, que foram distribuídos pelos governos civis e depois entregues às Associações de Bombeiros Voluntários para que fizessem as aquisições."

in Publico

E cá por Viseu...como é q estaremos?

Cumps

Faltou coordenação no incêndio que vitimou os seis bombeiros

O ministro da Administração Interna, António Costa, disse ontem, no Parlamento, que a morte de cinco sapadores chilenos e de um bombeiro português no fogo ocorrido em Famalicão da Serra se deveu, "para além de problemas de coordenação da acção no terreno, a dois fenómenos relacionados com o comportamento do fogo". E referiu quais "Uma situação particularmente complicada de fogo de copas e uma erupção violenta que apanhou os seis homens no percurso da evacuação".

Na Comissão Eventual para os Fogos Florestais, o titular da pasta da Administração Interna afirmou já ter conhecimento do inquérito às causas do acidente e que todos os relatórios (este primeiro é ainda preliminar) serão fornecidos aos deputados. Contudo, até ao final do Verão deverá ser mantida "confidencialidade" sobre as averiguações deste caso, assim como da forma como decorreu o polémico combate às chamas em Fragoso, Barcelos.

Em resposta às perguntas de Alda Macedo, do BE, e do presidente da Comissão, o socialista Rui Vieira, o ministro afirmou que "houve articulação" e que "o corpo de bombeiros de S. Gonçalo actuou segundo as ordens dos sapadores chilenos".

À luz da legislação aprovada este ano e que regula o Sistema Integrado de Operações de Socorro, a cadeia de comando é, contudo, totalmente inversa. Segundo um dos membros da comissão de inquérito explicou ao JN, o helicóptero da Afocelca (associação de empresas de celulose para quem trabalhavam os sapadores chilenos) descolou para o local 25 minutos depois do alerta de fogo, "quando já havia muitos intervenientes no local".

Como obriga a lei, a intervenção foi articulada com o comando distrital de operações da Guarda e "o piloto falou também com os bombeiros", já que o comando operacional lhes competia. O relatório preliminar "não aponta responsáveis directos pelas falhas verificadas" e salienta, por outro lado, que a deficiente coordenação "não foi a causa directa do acidente".

Houve um fenómeno eruptivo extremo do fogo que, na opinião atribuída ao professor universitário Xavier Viegas (também membro da comissão), terá sido mais anormal em termos de velocidade de propagação das chamas do que a ocorrida em Mortágua, no ano passado (quando morreram quatro sapadores de Coimbra). Aliás, o investigador fez uma reconstituição do acidente em laboratório e terá sido conseguida uma "aproximação muito real"ao que sucedeu, estando ainda a ser estudado o comportamento do fogo, para que dali sejam retiradas lições.

Consensual é que houve um erro de avaliação do perigo da situação. "Todas as testemunhas que ouvimos falaram do fogo como sendo rasteiro, de 30 centímetros, um fogo de caruma", explicou fonte da comissão de inquérito. "Pela grande quantidade de pessoas presentes e pelo facto de haver bombeiros com água, os sapadores entenderam claramente que estavam reunidas condições para trabalharem em segurança".

A rapidez com que tudo acontece reflecte-se na desorientação e reacção de pânico dos sapadores, que falham a linha de fuga. António Costa referiu este aspecto na sua intervenção de ontem, explicando que dos 14 elementos envolvidos no combate ao fogo, "oito evoluíram bem, mas seis - por razões não apuradas -, escolheram um caminho diferente". Aos deputados, o ministro revelou ainda que "os sapadores chilenos tinham o equipamento todo, mas largaram-no", porque resolveram aliviar a carga para saltarem um declive acentuado.


Conceito evolutivo conforme competências

O objectivo do SIOPS é definir mecanismos de articulação de operações e compreende dois níveis de coordenação - um institucional e outro operacional. Em termos operacionais, prevê um primeiro nível de comando da primeira força a chegar ao local, que evolui, de forma modular, consoante "a adequação técnica dos agentes presentes no teatro das operações e a sua competência legal". A responsabilidade de articulação de meios é do comandante distrital (que, no caso, foi chamado a integrar a comissão de inquérito).



Enquadramento de meios da Afocelca

O comando distrital tem sempre informação da intervenção de meios da Afocelca, competindo-lhe fazer o seu enquadramento com o comandante operacional no terreno.



Reacções distintas perante resultados

Para a Liga dos Bombeiros Portugueses, o relatório preliminar do acidente "é mais do mesmo", ao não especificar o conceito de falha de coordenação. Diferente é a reacção da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, por "finalmente alguém com um alto cargo político admitir que existe falta de articulação no combate aos incêndios".

Fonte: JN

quarta-feira, julho 12, 2006

Beer / Bombeiros (?)


Chegou-me por e-mail esta foto do hotel 22 - Aguiar da Beira.

Se não visse não acreditava…

Mas que está giro está!


Morreram seis bombeiros no combate a um incêndio no concelho da Guarda.

Não vou comentar nesta altura as possíveis causas deste acidente.

Apresento as minhas sinceras condolências à família enlutada neste momento doloroso.

Que os nossos camaradas descansem em paz.