segunda-feira, janeiro 22, 2007

ANTEPH / Comunicado 2/2007

No seguimento da posição tornada publica hoje no Jornal público do Sindicato dos Enfermeiros em que exige a integração destes profissionais na equipas de emergência, vem a ANTEPH tomar a seguinte posição:


1. A exigência efectuado pelos Sindicato dos Enfermeiros é descabida e sem qualquer fundamento, bem como traduz unicamente o corporativismo que existe nas classes da saúde que somente têm contribuído para a instabilidade neste sector.

2. O Sindicato dos Enfermeiros, quando refere "A prestação de cuidados de saúde primários é competência dos enfermeiros e não pode ser transferida para outros profissionais que, por falta de preparação, possam pôr em risco os doentes transportados em situações de emergência", tenta através de uma afirmação que somente pode ser considerada de difamatória numa tentativa lograda de incentivar o medo na população através de declarações sobre outros profissionais, que têm sido o garante do socorro às populações à mais de 3 décadas.

3. A ANTEPH esclarece ainda que desconhece a proposta de formação apresentada pelo INEM, e que espera que a mesma corresponda as necessidades de formação que os tripulantes de ambulância têm vindo a exigir, e que têm tardado a ser implementadas por atitudes corporativistas como a posição tornada agora publica por parte do Sindicado dos Enfermeiros.

4. A ANTEPH esclarece ainda que em Portugal existem Tripulantes de Ambulância desde que foi pela primeira vez criada uma rede de ambulâncias, anteriormente designada por Serviço nacional de Ambulâncias tendo sido substituído na década de 80 pelo Instituto Nacional de Emergência Médica. Hoje existem perto de 3000 Tripulantes de Ambulância de Socorro e cerca de 40000 Tripulantes de Ambulância de transporte, distribuídos pelos quadros do INEM, Bombeiros, Cruz Vermelha e empresas de transportes de doentes, que têm sido o garante do socorro de doentes e sinistrados desde que se conheça a existência de um serviço de ambulâncias.

5. Os tripulantes de ambulância de socorro/emergência são profissionais qualificados dentro das competências legais que são atribuídas a actividade em que estão enquadrados e que merecem ser respeitados pelas outras classes, por este motivo somente lamentamos que um organismos como o Sindicato dos Enfermeiros dê cobertura a posições deste tipo, que somente podemos enquadrar como uma posição particular de algumas pessoas, que usam o SE para atingir os seus objectivos.

6. A ANTEPH defende que a actividade de emergência pré-hospitalar deve ser realizada por técnicos devidamente preparados e qualificados para o efeito, por este motivo têm vindo a exigir o aumento das competências dos actuais tripulantes de ambulância de socorro, transitando esta classe para o nível dos técnicos de emergência médica, que actua exclusivamente sobre a orientação de médicos à semelhança do que já existe por quase toda a Europa.

Lisboa, 18 de Janeiro 2007

O Presidente da Direcção

Nelson Teixeira Baptista

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