quarta-feira, maio 31, 2006

Bombeiros sem vacina contra a Hepatite B

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) solicitou ao Governo que seja retomada com urgência a distribuição da vacina contra a Hepatite B aos bombeiros. A LBP exige ainda que estes voltem a ser incluídos no chamado “grupo de risco”, de que foram excluídos pelo Ministério da Saúde.

A LBP disponibiliza-se desde já para proceder à identificação de todos os bombeiros, a quem esta vacina deverá ser distribuída gratuitamente, junto dos diferentes serviços, administrações regionais de saúde e centros de saúde. Em 1993/94, o então Serviço Nacional de Bombeiros decidiu proceder à vacinação de todos os bombeiros portugueses contra a Hepatite B. Nessa data foram vacinados mais de trinta mil elementos dos corpos de bombeiros.

Mas, até à presente data esta iniciativa não teve qualquer sequência, apesar dos sucessivos alertas lançados pela LBP, reforçados em 2001 quando o Ministério da Saúde decidiu excluir os bombeiros do denominado “grupo de risco” a quem a vacina deveria ser distribuída gratuitamente.

Lisboa, 30 de Maio de 2006

Liga dos Bombeiros Portugueses

terça-feira, maio 23, 2006

Para descontrair :P



domingo, maio 21, 2006

Bombeiros contra a quarteleira

Quatro antigos membros da direcção dos Bombeiros Voluntários de Vouzela garantiram, ontem, no Tribunal de Trabalho de Viseu, que a ex-funcionária da secção de Campia, que exige uma indemnização de 115 mil euros por ter sido despedida, beneficiava de regalias por estar disponível 24 horas por dia.

A mulher, que tinha a função de quarteleira desde 1998, tarefa que a obrigava a estar sempre disponível para atender o telefone naquela secção destacada, pediu ao Tribunal que considerasse nulo o despedimento que sofreu na sequência de um processo disciplinar, exigindo então uma indemnização de 115 mil euros por trabalho suplementar.

Na terceira sessão do julgamento, ontem realizada, os quatro antigos elementos da Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vouzela, disseram que a funcionária, além de não pagar renda de casa, água, telefone e electricidade, explorava gratuitamente um bar instalado na secção de Campia.

António Fernandes, pároco, que foi presidente da Direcção entre 1992 e meados de 1998, contou que a mulher chegou aos bombeiros através do marido, que tinha sido contratado para motorista e socorrista.

"Ele disse-me que se lhe dessem uma casa, traria a mulher e que ela atenderia as chamadas 24 horas por dia, sem vencimento", contou, acrescentando que o pedido foi aceite e que o não pagamento das rendas e das contas funcionava como "uma compensação".

No entanto, o padre garantiu que a quarteleira não trabalhava 24 horas por dia, "apenas estava disponível, até porque só havia "uma ou duas chamadas".

"Eu ia lá muitas vezes. Muitas, não a encontrei e outras encontrei-a a fazer croché", lembrou ainda, à agência Lusa, o sacerdote.

Nova sessão de julgamento ficou marcada para o dia 23 de Junho. Deverá ser a última.


Nota:JN

domingo, maio 14, 2006

Formação evitaria mortes de bombeiros nos incêndios

A maioria dos bombeiros desconhece o comportamento do fogo. Xavier Viegas, investigador que há mais de 15 anos estuda os incêndios florestais, afirma que a aposta na formação e a criação de uma efectiva cultura de segurança evitariam acidentes e mortes - só em 2005, 12 homens perderam a vida no combate às chamas.

Os desastres são, pois, evitáveis. Mas não é só o desconhecimento que os bombeiros têm das manhas do "inimigo" que estão em causa. Xavier Viegas denuncia também um factor de voluntarismo por parte dos bombeiros, "armados em 'rambos' e movidos por uma adrenalina que pode ser prejudicial". Como se não bastassem estes factores, há falhas na hora de apurar responsabilidades e tirar ilações do que aconteceu - "tenta-se varrer tudo para debaixo do tapete". "Nos acidentes que investiguei constatei que se devem ao comportamento eruptivo do fogo, situação que a maioria dos bombeiros não sabe identificar", disse ao DN o professor da Universidade de Coimbra e responsável pelo Centro de Estudos Sobre Incêndios Florestais. Ao desconhecer estes factos, os bombeiros não se previnem, colocam-se em risco na frente de fogo e ficam vulneráveis aos acidentes. Não sabem preveni-lo mas dão-lhe um nome - efeito chaminé.

Xavier Viegas diz ainda que a própria doutrina de combate aposta em "atacar a cabeça do fogo ou rodeá-lo". Abordagem que, nalgumas situações, pode, e tem, sair cara. Para evitar a repetição destes acidentes, diz ,"é preciso apostar na formação". O investigador defende ainda que seja "obrigatório fazer uma investigação sempre que há um acidente envolvendo mortos ou feridos".

O Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) responde que "os acidentes com bombeiros nos incêndios florestais são objecto de relatório inicial efectuado pelos comandantes distritais". Em casos específicos, pode ser instruído um inquérito pelo Gabinete de Inspecção a despacho da presidência. Para evitar a repetição dos acidentes, dos processos de inquérito retiram-se conclusões que são transpostas em recomendações. Essas "são divulgadas pelos corpos de bombeiros", afirma.

Opinião bem diferente têm os representantes dos bombeiros. Duarte Caldeira, da Liga de Bombeiros, desconhece esses relatórios e deixa a questão: "O que foi feito para evitar que esses acidentes se repitam?"

Quando se repetem, diz Xavier Viegas, procura-se arranjar maneira de desculpabilizar: "Era o fado, estava no local errado, foi uma fatalidade." O investigador defende análises construtivas, "não para culpar mas para impedir que o erro se repita".

A forma como foi conduzida a investigação do acidente de Mortágua, onde há um ano morreram quatro bombeiros, que já vai na segunda comissão de inquérito, é a prova de que estes não são uma prática corrente. Aqui houve críticas de falta de transparência, de pressões e de muitas distorções.

Paulo Jesus, presidente da Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários, refere os comportamentos de risco que devem ser evitados: bombeiros a combater de T-shirt, viaturas sem condições de segurança, homens que arriscam de mais. Lemas como "podemos não voltar, mas vamos" são o espelho da atitude que não se deve tomar. Xavier Viegas defende mesmo até a existência de um oficial de segurança, responsável por verificar as regras de protecção.

DN

sábado, maio 13, 2006

Bombeiros querem assistência médica

Liga exige acompanhamento periódico




A Liga dos Bombeiros Portugueses exige que os profissionais e voluntários expostos a riscos provocados pelo combate aos incêndios e pelo socorro de vítimas, sejam acompanhados periodicamente por médicos. A lei orgânica do Serviço Nacional de Bombeiros de 1980 prevê que seja feita a vigilância sanitária, mas actualmente, os bombeiros portugueses têm apenas direito a um seguro de acidentes.


A intenção tem 26 anos, mas garante Duarte Caldeira, da Liga dos Bombeiros Portugueses, nunca saiu do papel.

Esta é uma responsabilidade inquestionável do Estado, visto que está comtemplada na lei orgânica o mecanismo de salvaguarda da vida dos bombeiros.

Actualmente, os bombeiros têm apenas acesso a um seguro de acidentes pessoais, pago pelas autarquias.

Estão protegidos caso o acidente de trabalho provoque morte ou invalidez permamente através de uma indemnização. O seguro paga ainda as despesas de tratamento e repõe as perdas de salário decorrentes do periodo em que o bombeiro estiver de baixa.

Muitas vezes, accionar o seguro pode ser, diz Duarte Caldeira, uma dor de cabeça. O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses queixa-se de excesso de rigor por parte da seguradoras.

A Liga exige que a saúde dos bombeiros expostos a riscos provocados pelo combate aos incêndios e pelo socorro de vítimas seja acompanhada periodicamente.

Bastaria um núcleo restrito para conduzir um processo por via protocolar, de modo a agilizar o acersso dos bombeiros aos centros de saúde, para que preriodicamente pudessem ser alvo de uma bateria de testes e terem o acompanhamento devido.

Exigências que são, diz Duarte Caldeira, conhecidas pelo Governo. Já em Setembro do ano passado, foi entregue nos ministérios da Saúde e da Administração Interna um ofício que pedia a criação deste serviço.
Nota: SIC

quarta-feira, maio 10, 2006

Um centena de bombeiros permanece no local

Incêndio em São Pedro do Sul em fase de rescaldo
10.05.2006 - 22h49 Lusa

O incêndio que deflagrou ao início da tarde de hoje em São Pedro do Sul já entrou em fase de rescaldo, permanecendo no local uma centena de bombeiros.

Segundo uma Comando Distrital de Operações de Socorro, o incêndio foi circunscrito às 20h30 e às 21h38 entrou em fase de rescaldo.

O fogo teve início perto das 15h15, numa zona de mato e floresta e cerca de duas horas a situação era dada como controlada, mas perto das 19h30 mantinha ainda quatro frentes activas.

Segundo o CDOS, permanecem no local 101 bombeiros e 24 viaturas, não havendo, para já, previsões quanto ao tempo que possa demorar a fase de rescaldo até total à extinção das chamas.

Mulher morre esmagada por árvore

Uma mulher com cerca de 40 anos morreu esta quarta-feira esmagada pela queda de uma árvore que acabara de abater, na localidade de S. Miguel, freguesia de Vila Boa, no Sátão, disse à Agência Lusa fonte dos bombeiros locais.

Segundo a mesma fonte, o acidente ocorreu quando a mulher estava a cortar a árvore juntamente com o marido, acabando por ser atingida pela queda.

Os Bombeiros Voluntários do Sátão deslocaram-se ao local cerca das 10:15, mas quando chegaram a mulher já estava morta.

Agência Lusa

terça-feira, maio 09, 2006

Opinião!

no bombeirosdeportugal.com

Ilusão melancólica PDF Imprimir E-mail
Por Sandro Magalhães
08 de May de 2006


Numa altura em que o INEM tenta esganar qualquer Associação de Bombeiros, tanto economicamente como manipulando questões de marketing, fico triste e desiludido quando vejo cada vez mais camaradas a usar calças do INEM ou até mesmo os pólos brancos.

Admira-me que não sejam estes advertidos por parte do Comandante do CB, no entanto, tomei conhecimento de um CB onde a direcção comprou fardamento completo a um assalariado simplesmente por este ser TAS do INEM, talvez tenha sido este o facto que me estimulou a denunciar esta situação irregular.

Uma vez que os Bombeiros possuem um regulamento de uniformes onde se encontram discriminadas as condições de utilização bem como as normas referentes à confecção em qualidade, dimensões, cores e feitios, não percebo o porquê de tal contorno…

O nosso fardamento possui uma qualidade proporcional ao serviço mais abrangente que estamos encarregues de prestar, devemos por isso utilizá-lo de forma correcta, bem como escolher o apropriado para as diversas situações, não nos expondo a riscos desnecessários.

É necessário que se tomem medidas ao nível dos Corpos de Bombeiros para que estas situações irregulares não possam acontecer.

Qualquer elemento de um qualquer Corpo de Bombeiros deve, tem obrigação, de respeitar a farda bem como defender o seu prestígio, mas lembrem-se que para isto temos que andar devidamente uniformizados!

Quando referi atrás que era necessário tomar medidas ao nível dos Corpos de Bombeiros, não pretendi gerar polémica, tento apenas que esta infracção seja corrigida uma vez que cabe aos comandantes de CB velar continuamente pelo cumprimento do Regulamento de Uniformes dos Bombeiros.

Quando alguém toma conhecimento de uma situação como esta e não toma medidas torna-se solidariamente responsável com os infractores.

Espero que tenham compreendido da melhor forma o meu descontentamento. Termino com um cumprimento de amizade e desejo a todos os camaradas um bom trabalho em prol da nossa população, defendendo de forma digna e sempre com maior qualidade os Bombeiros de Portugal bem como a sua célebre origem…

J.Rodrigues

domingo, maio 07, 2006

Mais homens e meios para combater os fogos

O dispositivo de combate aos fogos florestais deste ano, no distrito de Viseu, será reforçado em número de homens e material.

O mapa e o esquema de intervenção foram apresentados, ontem, pelo coordenador distrital de operações e socorro (CDOS), César Fonseca, numa cerimónia presidida pelo ministro da Administração Interna, António Costa.

No terreno, entre 15 de Maio a 30 de Junho (fase Bravo), actuarão 258 elementos, entre bombeiros, pessoal da GNR e membros das equipas de vigilância, e 32 viaturas, um aumento global de 70 por cento. Entre Julho e Setembro (fase Charlie) o número aumenta para 666 homens e 128 viaturas, um aumento de 10 por cento.

O dispositivo conta ainda com as três brigadas helitransportadas fixadas em Armamar, Viseu e Santa Comba Dão.

Limpeza das florestas

Mas mesmo com o reforço de meios e material, e um aumento de 43 por cento da capacidade de transporte e descarga de água, a nível nacional, o dispositivo pode falhar "se as populações não se mobilizarem para a limpeza das florestas", alertou o ministro da Administração Interna.

António Costa lembrou que "este ano choveu bastante, o que foi bom, porque nos libertou da seca. Em contrapartida, fez florescer o mato, que hoje está bonito e verde, mas muito brevemente estará seco. Esse mato seco é um combustível perigosíssimo. É, por isso, que a limpeza das florestas este ano é mais importante do que nunca".

No seu discurso, o governante retomou grande parte das ideias que foi deixando durante a mega-operação de apresentação do dispositivo nacional, que termina, hoje, em Lisboa.

Verbas dos governos civis

O Governo vai investir sete milhões de euros na compra de equipamentos de protecção individual para os bombeiros, revelou o ministro da Administração Interna, António Costa, ontem, na Figueira da Foz, durante a apresentação do Plano Operacional Distrital de Coimbra. "São verbas dos orçamentos dos governos civis, que seriam para subsídios diversos, e os próprios resolveram canalizar para a aquisição de equipamentos completos, e individuais, para todos os bombeiros", afirmou, aos jornalistas, António Costa, enaltecendo o gesto iniciado pelo Henrique Fernandes, governador civil de Coimbra, que, no ano passado, foi o distrito que "mais baixas" registou entre bombeiros. Para combater os fogos entre Julho e Setembro, o Distrito de Coimbra contará com 320 bombeiros.

Jornal de Notícias

terça-feira, maio 02, 2006

Corporação recusa abastecer viaturas por achar que há desconfiança

A maioria dos bombeiros de Tondela recusa-se a abastecer com combustível qualquer viatura da corporação, num protesto contra a direcção, que acusa de lançar suspeitas infundadas sobre os voluntários, foi hoje anunciado.

Num comunicado hoje emitido, os bombeiros dizem ter-se reunido na passada sexta-feira para analisar atitudes da direcção que «estão a criar um clima de desconfiança e revolta geral com acusações de pseudo-irregularidades não comprovadas».

Os bombeiros referem-se, nomeadamente, à «recente ida do presidente da direcção (Graciano Simões) ao habitual fornecedor de combustíveis» dos Voluntários de Tondela para questionar se algum bombeiro se servia dos cartões das viaturas da corporação para abastecimento próprio.

«Tais suspeições, por infundadas e caluniosas, motivaram, pela sua gravidade, uma revolta generalizada por parte do corpo activo», que, por «esmagadora maioria», decidiu tomar algumas decisões, refere o comunicado.

O comandante dos bombeiros, Eduardo Jorge Rolo, disse à agência Lusa que 65 dos 72 elementos do corpo activo decidiram recusar abastecer qualquer viatura e entregar os seus cartões de abastecimento à direcção.

No comunicado, os bombeiros acusam a direcção de «falta de diálogo, transparência, empenho e lealdade» e afirmam existir um «agudizar de incompatibilidades que, a curto prazo, poderão vir a pôr em causa o normal funcionamento dos serviços prestados».

«Este episódio do abastecimento de combustíveis soube-se e caiu muito mal no corpo de bombeiros. Mas o mau ambiente já vem desde que esta direcção tomou posse, a 07 de Janeiro deste ano», referiu Eduardo Rolo, acusando o actual presidente de tentar afastá-lo.

Graciano Simões admitiu à Lusa ter-se deslocado às bombas de combustível, mas «apenas para saber como era o funcionamento do abastecimento das viaturas e não por desconfiar dos bombeiros, como eles insinuam no comunicado».


nota: Portugal Diário